Biofeedback
Biofeedback é uma técnica revolucionária que utiliza equipamentos de alta tecnologia para captar processos fisiológicos, a princípio imperceptíveis ao homem, e transformá-los em atividades possíveis de controle voluntário.
Sobre o Serviço
“É a técnica que usa equipamentos (geralmente eletrônicos) que revelam ao usuário alguns dos seus eventos internos, normais ou anormais, através de sinais visuais e/ou auditivos, com objetivo de ensiná-lo a manipular estes acontecimentos involuntários ou desconhecidos, pela manipulação dos dados mostrados na tela.”
– John Basmajian
Com sensores de última geração o computador transforma sinais como: atividades cerebrais, resposta galvânica da pele, tensão muscular , pressão arterial, temperatura periférica e frequência cardíaca em informações perceptíveis e passíveis de controle. Desta forma, o equipamento possibilita o aprendizado humano para o controle de suas funções orgânicas de forma a prevenir ou eliminar doenças e reabilitar fisicamente pessoas que perderam movimentos corporais por danos cerebrais ou lesões medulares parciais (ex: tumores do sistema nervoso central, traumatismo craniano, etc.).
Várias personalidades brasileiras já tiveram sua recuperação proporcionada pelo biofeedback, entre elas, o compositor e cantor Herbert Viana , o radialista Osmar Santos, o embaixador Paulo Tarso Flecha de Lima e o pianista João Carlos.
Os primeiros estudos com biofeedback resultaram das pesquisas do Dr. Neal Miller.
O conceito de biofeedback foi originalmente formulado por Norbert WIENER em 1961 referindo-se ao processo em sistema eletrônico onde o output (saída) do sistema é retroalimentado como input (entrada), dando ao sistema a capacidade de monitorar seu próprio desempenho para critério específico.
Brucker define biofeedback como uma técnica de condicionamento operante usada na aprendizagem de controle voluntário de respostas fisiológicas específicas.
A aprendizagem se dá por meio de estímulos reforçadores que consiste nas próprias respostas fisiológicas do indivíduo, sendo este levado a controlar suas respostas fisiológicas. Por meio de procedimentos de biofeedback o indivíduo toma consciência de respostas de seu organismo que comumente não seriam perceptíveis sem o uso de instrumentos próprios, que convertem os dados sobre o estado biológico em informação acessível para o sujeito.
Vantagens do Biofeedback
a – Não medicamentoso.
b – Indolor.
c – Auxilia no processo de reabilitação motora e funcional.
d – Melhora o nível de autopercepção.
e – Método motivador.
f – Incentiva a partir do sucesso.
g – Provê uma valiosa fonte de informação terapêutica e diagnóstico.
h – Provê documentação de todas as informações que capta, inclusive das mudanças fisiológicas entre sessões e ao longo do tempo.
i – Permite e facilita a aceitação de terapias para as pessoas que, algumas vezes, resistem a outras terapias.
j – Promove avanços terapêuticos com pouco ou nenhum efeito colateral para vasta maioria dos pacientes.
Patologias Tratadas pelo Biofeedback
· Dores crônicas (nas costas, pescoço, ombros e outras dores musculares)
· Dores de cabeça (enxaqueca: vascular, muscular)
· Problemas ginecológicos (infecções pélvicas)
· Hipertensão (baixar a pressão)
· Doenças relacionadas à ansiedade (fobias, ansiedade em geral, ataques de pânico)· Problemas cardiovasculares (doença do Raynaud, angina de peito)
· Doenças gastrintestinais (colite, úlcera, diarréia, constipação, acidez no estômago)
· Artrite e fibrosite (músculo esquelético e dor/inflamação nas articulações)
· Distúrbios do sono (hipersônia, insônia)
· Distúrbios alimentares (bulimia, anorexia, obesidade)
· Bruxismo (ATM – Articulação Têmporo-mandibular)
. Défict de Atenção
. Controle de esfíncteres
. Incontinência urinária
. Fibromialgia
. Paralisias ( lesões medulares incompletas, AVC- Acidente Vascular Cerebral, TCE – Traumatismo .Crâneo-encefálico, Paralisia-Cerebral)
· Controle do Estresse
. Bursite
O biofeedback tem sido apontado como um instrumento eficaz no tratamento de diversas patologias e sua utilização na reabilitação física tem sido crescente nas últimas décadas. Além do tratamento de doenças, o biofeedback também pode auxiliar atletas a atingir seu nível máximo de performance e mantê-lo nos momentos mais convenientes.
Modalidades e Aplicações
As modalidades de biofeedback mais utilizadas são:
- Eletrodêrmica (GSR)
- Têrmica (TEMP)
- Eletromiográfica (EMG)
- Eletroencefalográfica ou neurofeedback (EEG)
GSR – Resposta galvânica da pele
O instrumento de feedback de reação eletrodêrmica mede a condutividade elétrica da pele dos dedos e da palma da mão e se faz por meio da passagem de uma microcorrente elétrica insensível pela superfície da pele, medindo-se a resistência a essa passagem. Quando as glândulas sudoríparas estão ativas a resistência da passagem da corrente diminui. Em caso contrário a resistência aumenta. A medida da resistência elétrica traduz a atividade ou inatividade das glândulas sudoríparas as quais, por sua vez, são um reflexo da atividade do sistema nervoso simpático. Assim, a análise do padrão de resposta elétrica da pele permite estabelecer a relação entre estado emocional e a atividade do sistema simpático, deste modo, encontrar a melhor condição para cada indivíduo em particular. Essa técnica tem sido usada no tratamento da sudorese excessiva, relaxamento, treinamento de dessensibilização e Estresse.
TEMP – Temofeedback
Um instrumento de feedback termal mensura o fluxo sangüíneo da pele e consiste em alterar a temperatura nos dedos das mãos ou dos pés, variação esta em íntima correlação com as condições de vasodilatação e vasoconstricção neste locais. A vaso dilatação é acompanhada de aumento de temperatura, ao contrário da vasoconstricção. Também pode-se avaliar as condições emocionais do sujeito, expressas pela ativação e desativação do sistema nervoso simpático e parassimpático. Desta forma, o controle vasomotor pode ser treinado e condicionado. O feedback de temperatura dos dados é uma ferramenta útil em treinamento de relaxamento e é também utilizado em tratamento de disturbios vasculares específicos, incluindo enxaqueca, doença de Raynaud , hipertensão essencial e complicações vasculares.
EMG – Eletromiografia
O feedback eletromiográfico mensura a atividade elétrica dos músculos esqueléticos, a qual expressa o grau de contração ou relaxamento dos mesmos. Desta maneira é possível treinar o indivíduo a utilizar a musculatura quando for indicado, ou , então, produzir um relaxamento físico. É usado para treinamento de relaxamento de musculatura específica e é a modalidade primária para o tratamento de cefaléia de tensão, bruxismo e problemas da articulação têmporo-mandidular, dor crônica, espasmo muscular, paralisia parcial, (traumatismos craniano, AVC, paralisia cerebral e lesado medular) e outras disfunções musculares.
EEG – Neurofeedback
O Neurofeedback ou feedback eletroencefalo gráfico consiste em medir as ondas elétricas do cérebro, tal como acontece no eletroencefalograma clássico. Pode-se então, treinar o indivíduo a aumentar ou diminuir a produção (amplitude e ou freqüência) de qualquer uma das faixas de ondas cerebrais, conforme o estado físico e subjetivo que se almeja alcançar. Técnicas de biofeedback de EEG são utilizadas no tratamento de epilepsia, distúrbio de déficit de atenção em crianças, adolescentes e adultos, alcoolismo, dependência química e outros distúrbios devidos a drogadicção, traumatismo craniano, desordem de sono e insônia, depressão e distúrbio do pânico.
Existe também a modalidade:
ECG – (feedback cardíaco) – onde se mede e se controla a freqüência e a pressão arterial e o feedback respiratório, onde se controla o tipo de respiração (torácica e diafragmática) e a freqüência respiratória.
Outras Modalidades:
Instrumentos especializados tem sido desenvolvidos para facilitar a auto regulação em uma variedade de distúrbios orgânicos relacionados ao estresse, tais como arritmias cardíacas, incontinência urinária, incluíndo enurese noturna problemas respiratórios e síndrome do colo irritável.
O CDIB
O CDIB vem atuando desde 2001 com foco no Ser Humano, buscando tecnologias de ponta, inovadoras, cada vez mais eficientes e seguras, agregando técnicas de análises e de diagnósticos, e um plano terapêutico e preventivo aplicado de acordo com o perfil de cada cliente.
Profª. Maria Tereza Carneiro Pita
Neuropsicóloga
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